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Dia 07 de janeiro de 2018

HOSPITALIDADE
(Pb. Bruno Araújo)

    Nossa cultura define hospitalidade muito estritamente: “Convidar pessoas para jantar “. Mas o modo como o Novo Testamento usa a palavra, xenophile, significa ”amor de estrangeiros”. Convidar pessoas para refeição, dirigir-se a um estranho na igreja para lhe dizer “olá”, participar do casamento de um membro da igreja que você não conhece, tudo isso é hospitalidade. (Mark Dever& Jamie Dunlop- A Comunidade Cativante) 

    “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar. (Atos 2:46,47)”. No livro de Atos vemos claramente o modelo de comunhão entre irmãos. Comer e realizar diversas atividades juntos, faz parte de um propósito muito maior do que a simples diversão, mas o fortalecimento de relacionamentos que glorificam o Senhor com o Evangelho no centro. Com isso temos a oportunidade de evangelizar, orar pelas  dificuldades uns dos outros e nos alegrarmos com as bênçãos que o Senhor têm nos dado. À medida que o Senhor acrescenta novas pessoas à nossa comunidade, é natural que haja um crescimento e aumento das redes de relacionamento. Não devemos nos contentar somente com amizades no âmbito virtual (redes sociais), mas estarmos dispostos a conhecer aqueles que temos menos afinidade. 

    “Naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo. Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo… Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2.12-13, 19). Éramos estranhos também, mas Cristo nos fez parte de sua família. Uma comunidade receptiva que ama os “estrangeiros” glorifica o nome do nosso Salvador. Que possamos estreitar nossos relacionamentos para a glória do Senhor! 
“Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros".
João 13:35

Dia 14 de janeiro de 2018

ORTODOXIA HUMILDE
(Pb. Hendell Santiago)

        Talvez você já tenha se deparado com este título. É o mesmo título de um livro que temos em nossa maravilhosa biblioteca teológica Dr. Russell Shedd. Nele, o autor Joshua Harris explana como defender as verdades bíblicas do evangelho de forma equilibrada, coerente, madura e com humildade.
    Com muita tristeza, temos visto cristãos se digladiando nas redes sociais ou em qualquer meio em que se encontrem, na defesa da Sã Doutrina. Mas, com muita alegria, também temos visto debates teológicos que prezam pela mansidão e respeito. Não há qualquer problema em se posicionar na defesa do Evangelho genuíno. Pelo contrário, em I Pedro 3:15-16, vermos a exortação de estar sempre preparado para responder a qualquer um sobre a esperança que há em nós, fazendo isto com mansidão e respeito. O problema é a forma e a motivação com que isto é feito. Não importa se nosso conhecimento teológico é grande ou pequeno, nós precisamos fazer uma perguntar essencial: o que faremos com o conhecimento de Deus que temos?
    Se recebemos irresistível Graça e misericórdia por meio de algo que não vem de nós, por que muitos de nós, em defesa da Sã Doutrina, temos uma atitude sarcástica, grosseira, rude, arrogante e/ou orgulhosa. Esse Evangelho maravilhoso e poderoso mudou e resgatou nossas vidas e devemos representar as verdades do Evangelho humildemente, na esperança que este evangelho resgate outros também. Sem humildade de coração assemelhamo-nos aos fariseus, que usavam a verdade para açoitar os outros. Honramos à Deus quando representamos a verdade humildemente com nossas palavras, conduta e atitude.

    Tim Keller disse certa vez: “Se estar certo torna-se mais importante para nós do que adorar a Deus, então nossa teologia já não diz mais respeito a Deus. Diz respeito a nós.” Nesse sentido, há uma seção no livro chamada de “O minúsculo reino do ego”. Desde que Adão e Eva se desviaram de Deus visando obter o “atraente” conhecimento oferecido pela serpente, todo coração humano foi contaminado pela inclinação de buscar conhecimento para inflar o ego, e não para glorificar a Deus. Paulo (I Co 8:1), exortava que o conhecimento pode dar lugar ao orgulho ou arrogância, mas o amor, dizia  ele, edifica; e mais (versículo 2): quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece como deveria.

    A ortodoxia genuína – cuja essência é a morte do Filho de Deus em favor de pecadores que nada mereciam – é neste mundo a mensagem que mais humilha e esmaga o orgulho humano. Essa verdade genuína deve gerar em nós um coração cheio de humildade e graça para com os outros, sejam irmãos na fé, que ainda cambaleiam em doutrinas sem coerência com a Bíblia; ou sejam aqueles que ainda não foram resgatados pelo evangelho. Neste ou naquele caso de defesa da fé, devemos fazê-la com lágrimas nos olhos. Não somos aqueles que estão certos; somos aqueles que foram redimidos.

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