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Dia 14 de outubro de 2018

“A IGREJA QUE OFERTA PARA MISSÕES.”
(Pr. Joversi Ferreira)

    1 Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
    2 Enquanto adoravam o Senhor e jejuavam, disse o Espírito Santo: “Separem-me Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado”.
    3 Assim, depois de jejuar e orar, impuseram-lhes as mãos e os enviaram.
    4 Enviados pelo Espírito Santo, desceram a Selêucia e dali navegaram para Chipre.
    5 Chegando em Salamina, proclamaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas. João estava com eles como auxiliar.
(Atos 13)

    Há várias maneiras de se ofertar para a obra missionária. Só não há como ficarmos fora dela. David Livingstone, disse certa vez, “Deus tinha apenas um Filho e fez dEle um missionário.” O nosso Deus é o Deus em missão. Ele está em busca dos Seus escolhidos para alcançá-los.
    Portanto, como ficarmos fora da mais excelente empreitada do Universo? Isto é, trazer os muitos filhos de Deus para a comunhão da Igreja!
    Podemos ofertar nesta obra através da Oração. De uma maneira que não compreendemos plenamente, Deus inclui a nossa oração em Suas ações soberanas. Paulo sabia disso e pedia que os irmãos orassem, “Finalmente, irmãos, orem por nós, para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e receba a honra merecida, como aconteceu entre vocês.” (2 Ts 3.1). Ofertamos a Deus o nosso tempo e a nossa confiança de que estamos em concordância com Ele ao orarmos por Missões, pelos missionários, pelos campos e as pessoas que lá estão, sem Deus, sem Cristo e sem salvação.
    Ofertamos a Deus, claro, quando investimos financeiramente. Missionários são pessoas como nós. Comem, se vestem, ficam doentes e precisam do suprimento como qualquer um. A oferta dos irmãos possibilitava a Paulo que deixasse de lado sua profissão e pudesse se dedicar totalmente à pregação do Evangelho. Que tempo e recursos da vida de Paulo se perderiam se ele precisasse durante toda a sua vida se manter por conta própria.
    Ainda me emociona os testemunhas de nossos irmãos no campo quando os recursos para eles e para a obra chegam no tempo exato da necessidade. Que cuidado maravilhoso do nosso Deus em colocar o necessitado e o ofertante em contato mesmo sem planejamento muitas vezes por parte deles.
    Mas, a maior oferta que uma igreja pode dar é a si mesma. No texto de Atos 13, no começo deste artigo, vemos a Igreja em Antioquia sendo levada pelo Espírito a enviar dois dos seus obreiros mais capacitados. Paulo E Barnabé sairiam dali para impactar o mundo com o Evangelho. A mentalidade humana poderia pensar: “Mas, nós precisamos deles aqui... há ainda tanto a fazer em Antioquia...”. Porém, o mover do Espírito os levou a obedecer e a enviar sem questionamento e sem hesitação. 
    Já temos alguns “Paulos e Barnabés” envolvidos com a obra. Mas, “não há desemprego na obra de Deus”. Há lugar pra você. Ainda este ano, antes dele terminar, concentre seus esforços e na dependência de Deus invista seu tempo em levar vidas a conhecer o Evangelho de Cristo.
    Não há melhor oferta do que dar a nós mesmos por Aquele que tudo já deu por nós!

Dia 28 de outubro de 2018

“MOÇAMBIQUE, PARTE 1.”
(Pr. Joversi Ferreira)

    A coisa mais tola que se pode fazer é não ter certo receio (até mesmo, certo medo) do desconhecido. A segunda coisa mais tola, e que acompanha a primeira, é confiar na sua experiência própria. Ainda bem que aprendi esta lição há muito tempo. 
    Assim, portanto, cheguei a Moçambique clamando por dependência de Deus em face de um cenário que não conhecia muito. Mesmo com (quase) a mesma língua e os mesmos (exatos) princípios espirituais, é necessário certa adaptação.
    Decidi ouvir mais do que falar; a não ser, quando estivesse pregando e ensinando, claro. E assim, pude aprender e tirar dúvidas sobre a cosmovisão, a cultura, a história e as necessidades espirituais do povo. E isto no pouco tempo que tenho, algo que é diferente para um missionário que vem para permanecer.

    Descobri e aprendi muita coisa que não sabia. Também conheci um povo simples e sofrido; contudo, também um povo pecador e carente da Graça de Deus. Encontrei irmãos que amam a Deus e à Sua Palavra. Muitos deles que vieram de vidas horríveis e são testemunhos vivos da glória e do poder do Evangelho.
    Infelizmente, vimos a mancha feia da heresia e do falso ensino. Como diz o meu amigo Judiclay, “Falsos mestres são falsos, mas ainda assim são mestres”. E eles tem ensinado o erro com maestria. Muitos desses erros tem vindo de terras tupiniquins. Até mesmo aqueles que são originários dos EUA, fizeram escala no Brasil e chegaram aqui. Mas, ainda existe as crendices e religiões originais da terra, além da mistura dessas com iIslamismo e/ou cristianismo.
    Enfim, Moçambique precisa urgentemente de igrejas bíblicas, saudáveis e missionárias. E principalmente, que elas sejam lideradas por moçambicanos. Por isso, passaremos os próximos dias treinando pastores e líderes, além de irmãs, com o objetivo de multiplicar o ensino da Sã Doutrina e da vida cristã sadia.
    Termino com a frase do meu amigo Sérgio Nascimento, “Não há desemprego na obra de Deus”. Se pudéssemos abrir 30 frentes em Moçambique, ainda seria pouco. Tal como em diversos outros lugares, inclusive, no Brasil, os campos estão desesperadamente brancos e necessitados que clamemos ao Senhor da Seara e ouçamos o seu Chamado.
    Que seja esta a sua atitude. Amém!
 

Dia 21 de outubro de 2018

“PENSAMENTOS EM COSMOVISÃO CRISTÃ.”
(Pr. Joversi Ferreira)

    “Cosmovisão” é, de maneira simples, a forma como enxergamos o mundo em que vivemos. Neste sentido, não há como existir uma só cosmovisão, mas muitas cosmovisões. Por isso a necessidade de apontar uma Cosmovisão Cristã, isto é, que venha de e aponte para Cristo, Sua Obra e Pessoa.
    Ela começa no pilar da CRIAÇÃO. Aponta para o fato de que não somos obra do acaso cósmico, mas do design inteligente de um Deus único e Todo-poderoso, além de Soberano e que tudo fez com propósito. Esta criação surge não de uma necessidade dEle, pois Ele é auto-suficiente e nunca precisou de nada para autenticar a Si mesmo, nem para provar coisa alguma. Somos, fruto do Seu amor em suas diversas manifestações.
    Sendo por Ele criados, a Ele devemos prestar contas e lembrar que este mundo é o mundo dEle. As regras e padrões de conduta e compreensão deste mundo passam pela Soberana vontade do Criador, o Senhor nosso Deus. Não somos realmente autônomos. Aquele que decidiu que existiríamos tem tudo sobre Seu controle ainda hoje e sempre terá.
    O segundo pilar da Cosmovisão Cristã é a QUEDA. Seria ótimo termos saído do primeiro pilar para um de uma realização positiva, mas não é o que está na história. Em Gênesis 3 (!!!), o homem encontra sua hora mais negra ao ceder ao pecado da desobediência. Em especial, o homem (sexo masculino) é marcado como aquele que recebeu as ordens e as desobedece. Primeiro, por omissão e depois de forma ativa. A partir deste ponto, tudo é manchado pelo pecado. A perfeição, a beleza e a pureza da Criação já não existem. As afeições e inclinações da humanidade ficam, em geral, na contra-mão da vontade de Deus. Os padrões do Criador começam a ser substituídos pelos padrões humanos. Paulo, em Romanos 1, fala de muitos destes padrões abandonados e declara como que isso atrai a ira de Deus sobre os homens que anulam a verdade pela sua mentira.
    A Queda tem preços altíssimos. Natureza, relacionamentos, instituições (como a família), e a relação com o Criador são afetadas de forma fundamental. O caos substitui a ordem. E é neste  momento que estamos em grande parte. Os efeitos da Queda estão em todo lugar, porém, principalmente e infelizmente, estão dentro de cada um de nós.
    Neste ponto que entra o terceiro pilar: REDENÇÃO. Um ato unicamente da parte de Deus e para o qual o homem só “contribui” com o seu pecado. Ato consumado na Cruz, confirmado na ressurreição e proclamado no Evangelho. A Redenção hoje é a van premier, a antecipação do futuro glorioso do quarto pilar. É o “já, mas ainda não” onde cada ser humano remido experimenta a Nova Criação (2 Co 5.17), mesmo que ainda esteja neste corpo e sujeito as mazelas desta vida; entre elas, a terrível luta contra o pecado.
    A Redenção é a remoção da ira de Deus sobre o ser humano. O perdão dos seus pecados. A mudança da própria natureza meramente humana em algo mais ao sermos enxertados com a semente divina. Só ela nos capacita a viver acima do pecado, libertos dele e vitoriosos sobre nossa carne. Mesmo que as lutas ainda sejam uma realidade.
    Mas, o quarto pilar vem... CONSUMAÇÃO! Cristo é o Senhor! E se o Cordeiro trouxe a Redenção, o Leão trará a Consumação quando Ele restaurará todas as coisas. A maldição sobre a Criação será cancelada e Novos Céus e Nova Terra existirão.
    A Consumação é o fim da doença, das lágrimas, da dor e, principalmente, da morte. Ela nos permitirá servir e adorar a Deus como muitas vezes buscamos e nos frustramos em não conseguirmos. Ela é a certeza que não sabemos quando virá, mas que nos motiva a saber que este “vale de dores” é meramente paisagem de passagem  na estrada para esta Consumação. À qual, quer pela morte, quer pela parousia (a volta de Cristo), todos os remidos chegarão!
    Assim, termos uma Cosmovisão Cristã pode ser um remédio para muitas das distrações que experimentamos. Os ídolos que aceitamos em nossas vidas se tornam ainda mais fúteis diante desta perspectiva. O materialismo e o humanismo revelam a base tola na qual se baseiam. Os rompentes de medo, desânimo e tristeza revelam quão fraca é a nossa fé diante de um plano e um Deus tão grandiosos.
    Uma Cosmovisão Cristã nos muda como cônjuges, como filhos, como pais. Nos muda como cidadãos de uma sociedade ímpia. Nos muda como filhos do Dono de tudo. Ela nos faz ler as palavras de Colossenses 3 com mais disposição.
1 Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. 2 Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. 3 Pois vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, que é a sua vida, for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. 

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