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Dia 09 de abril de 2017

“O VALOR DO CATECISMO”
     As palavras catecismo e catequese falam profundamente em nossa “alma católica”. A ligação é inevitável, mesmo para quem não passou pelas aulas na paróquia perto da sua casa. Mas, tal ligação é incompleta. E a razão é a ignorância que nós evangélicos e, especialmente, nós batistas temos da nossa história, a história da Igreja.
    Catecismo (do latim tardio catechismus, por sua vez originado do termo grego κατηχισμός, derivado do verbo κατηχέω que significa "instruir a viva voz") é uma instrução religiosa, ou seja, o ensino oral da religião cristã, dos seus mistérios, princípios e código moral. Apesar das distorções para que se tornasse o ensino da tradição católica, o catecismo foi preservado na tradição Reformada. A enorme diferença é que os catecismos protestantes ou reformados sempre apontavam para verdades bíblicas, e não para dogmas religiosos.
    Ou seja, o catecismo nada mais é do que um conjunto de perguntas e respostas que elucidam, detalham e explicam as verdades, promessas e princípios das Escrituras. Um verdadeiro catecismo reformado é baseado em  Sola Scriptura, somente as Escrituras em seu todo. Se tornando uma poderosa ferramenta para ajudar da criança ao idoso a guardar a cosmovisão e o ensino cristãos.
    Os batistas possuem uma antiqüíssima tradição de catecismo. Benjamin Keach foi um dos assinantes originais da Confissão de Fé Batista de 1689 de Londres e seu Catecismo de Keach foi originalmente publicado em 1693. John Bunyan, autor do famoso livro alegórico “O Peregrino” escreveu um pouco antes , em 1675, um catecismo chamado “Instrução para ignorantes” para ser usado com  não convertidos, provavelmente, um objetivo evangelístico. Os batistas da Philadélfia também publicaram catecismo assim como a associação Charlerston em 1813. Em 1892, o teólogo John Broadus com John Dagg foram comissionados pelos batistas do Sul dos EUA para compilar um um catecismo para a Escola Bíblia Dominical! E Charles Spurgeon compilou um catecismo que ficou também conhecido como Catecismo Puritano. Na introdução deste, ele manifestou sua motivação para oferecer aquela ferramenta à sua igreja: “Tenho certeza que o uso de um bom catecismo por nossas famílias será uma grande proteção contra os erros doutrinários que cada dia aumentam. Por isso, formei este catecismo usando outros da Assembléia de Westminster, para ser usado em minha igreja. Se for usado em casa ou classes deve ser explicado e as palavras cuidadosamente decoradas, pois serão melhor entendidas com o passar dos anos. Que o Senhor abençoe meus amigos e suas famílias eternamente é a oração do seu pastor, C. H. Spurgeon”.
    Mesmo hoje em dia, batistas como Piper tem compilado catecismos e milhares e milhares os tem utilizado.
    Tim Keller disse recentemente, “O mundo já está catequizando seus filhos; por que não deveria você também?”. Filmes, animações, grupos musicais, a moda... colegas de escola. O “catecismo de confissão mundana e secular” está em todos os lugares. Não há como isolarmos nossos filhos ou a nós mesmos. E nem era este o objetivo de Jesus (Jo 17.15). Portanto, precisamos contra-atacar. E o catecismo é uma ferramenta a mais a ser somada ao devocional, aos bons livros, a mensagens expositivas e, acima de tudo, as Escrituras que é para onde tudo isso aponta e onde se fundamentam.
    Um catecismo não deve ser negligenciado nas famílias e igrejas; tanto quanto não deve ser “idolatrado”, nem usado de maneira “religiosa”. O foco é sempre o conteúdo das perguntas e como refletem verdades bíblicas. O foco nunca deve ser o mero ato de percorrer cada pergunta e chegar ao final delas.
    Cada pergunta de um catecismo pode ser usada em um momento durante a semana; uma pergunta apenas por semana. Após a leitura do enunciado da pergunta e da resposta, segue-se a leitura dos textos bíblicos. Então, um compartilhar pessoal, em forma de um simples bate-papo pode levar a família (ou um outro grupo qualquer) a grandes profundidades de edificação. E, assim, fortalecendo adultos, jovens e infantes nas verdades eternas que devem nos acompanhar em nossos poucos anos de peregrinação deste lado da eternidade; e nos preparar para o outro lado. Afinal, são verdades eternas, não são?
    

Dia 23 de abril de 2017

“Caminhando no Salmo 119 - 01”
    Álef (cada verso nesta sessão, começa em Hebraico com esta letra)
1 Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor!
2 Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!
3 Não praticam o mal e andam nos caminhos do Senhor.
4 Tu mesmo ordenaste os teus preceitos para que sejam fielmente obedecidos.
5 Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos.
6 Então não ficaria decepcionado ao considerar todos os teus mandamentos.
7 Eu te louvarei de coração sincero quando aprender as tuas justas ordenanças.
8 Obedecerei aos teus decretos; nunca me abandones.

    Felicidade é costumeiramente ligada a realizações, e realizações humanas: concluir um curso, conseguir um emprego, conseguir uma promoção, ter um filho, vencer uma doença. Inclusive, na Declaração de Independência dos EUA estabelece que “Consideramos que essas verdades são evidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos Direitos inalienáveis, entre os quais estão a Vida, a Liberdade e a busca da Felicidade.”. Ou seja, neste ponto de vista, há uma ligação inquebrável entre liberdade e a busca pela felicidade.
    Tal ideia pode ser e é boa em alguns aspectos, mas pode ser e é muito ruim em outros. Pode transformar a felicidade em um alvo inegociável, o qual se não for atingido, se torna uma frustração, amargura e até uma explicação de um estado depressivo.
    Sem falar na subjetividade do que seja essa felicidade que nós mesmos estipulamos. Porque apesar do valor que essas coisas possam ter e delas realmente produzem certa satisfação, todas elas são passageiras. Eventualmente, a emoção e o deslumbramento com a conquista passam, deixando no lugar uma boa lembrança apenas. E, então, voltamos à “caça”; voltamos àquela busca incessante pela tal felicidade.
    C.S. Lewis disse certa vez “O fato de que o nosso coração não consegue ser preenchido pelas coisas da terra, é a prova que o céu deve ser a nossa casa”; mas como este nosso coração é teimoso em aceitar tal verdade!
    Porém, podemos experimentar uma prévia desta completude, dessa felicidade ainda aqui. É disso que trata o nosso texto: a felicidade na piedade.
    Para o salmista, a felicidade real e permanente está ligada à obediência à Palavra de Deus, a observar seus princípios e orientações como algo que transformará nossos “caminhos”; isto é, atitudes, decisões, inclinações... (v.1). E fazer isso, sinceramente, com verdadeiro compromisso (v.2). Um compromisso que afeta cada esfera e pedaço da nossa vida. Que nos leva a viver em uma “contra-cultura” e fora do padrão estabelecido neste mundo. Sendo o resultado lógico, uma vida longe daquilo que Deus classifica como “mal” (v.3). Algo que possui definições bem flexíveis no mundo de hoje.
    O salmista, então, observa que tal estilo de vida não é algo opcional, antes, é uma ordem do Senhor para todo aquele que se identifica como andando com o Senhor (v.4). Fidelidade é esperada de nós! Não fazemos nenhum favor a Deus em obedecê-lo. “Senhor” não é um título por consideração, mas por caracterização apropriada de Quem é o nosso Deus.
    Mas, (sempre parece haver um “mas”) ele também reconhece sua (e nossa) luta: “quem dera...”; esta é a expressão de frustração interior ao perceber nossa luta para nos manter nos caminho do Senhor (v.5). Então, olhamos para o nosso proceder, nossas escolhas e pensamentos e percebemos a distância do padrão de obediência esperado por Deus (v.6). O homem piedoso experimenta profunda frustração ao se comparar com o espelho das Escrituras.
    Jesus, como nosso Sumo-sacerdote (Hb 4.15), compreende tudo que passamos. Ou seja, o salmista, eu e você não estamos diante de um Deus impassível à nossa luta; antes, Ele nos compreende.
    Finalmente, ele coloca que seu compromisso e alvo é não se conformar às suas inconsistências e lutas, antes, continuar buscando a obediência que o permitirá louvar com a sinceridade (coerência de vida) que o Senhor é digno (v.7), confiando que o Senhor estará sempre ao seu lado (v.8; cf. Is 66.2). Mesmo quando fazemos um voto recheado de clamor por Graça.

Dia 16 de abril de 2017

“LONGE DAQUI, EM DIAS COMO OS NOSSOS”

    São 22h aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, um jantar de Páscoa já terminou. Foi seguido pelo lavar dos pés dos discípulos. O Mestre cuidou dessa parte. Depois veio uma conversa tão reveladora quanto constrangedora: abandono e negação eram os tópicos.
    Agora, meu Senhor está no Jardim das Prensas de Óleos, o Getsêmani. Seus discípulos dormem. Meu Senhor já sente sobre si o avassalador peso dos pecados dos Seus. Onde deveria haver suor, há sangue.
    "Não podeis vigiar nem por uma hora? Mas, eis que vem o traidor."
    Enquanto a nossa madrugada passa. Dormimos tranquilos, esperando mais um feriado. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, meu Senhor é entregue nas mãos de pecadores, na madrugada da sexta-feira mais negra da história da humanidade.
    São 09:00h aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, na calada da madrugada, meu Mestre foi julgado pelos líderes do Seu povo. De Sua boca mesmo vem a ajuda necessária para a incompetente promotoria deles: 'Eu sou [o Cristo], e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu'.
    Proibidos de executar alguém, apelam para os Gentios. Pilatos ordena o açoite 'Flagellum', os soldados completam com a coroa de espinhos. Lançado às multidões, elas trocam o grito. Não mais 'Hosana!'; agora, a uma voz, escolhem Barrabás e gritam: CRUCIFICA-O! Meu Senhor toma o 'Patibulum', a parte horizontal da Cruz que o aguarda, e começa a carregar aqueles 45 quilos pelo 'Caminho da Dor', a 'Via Dolorosa'.
    São 09:00 aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros, as mãos e os pés do ser mais poderoso do Universo, dAquele que sustenta tudo o que existe e sem O qual nada do que foi feito existiria... são cravados em um maldito madeiro. Ele não é um mártir, Ele não é uma vítima. Ele é o Senhor da História, o próprio arquiteto e escritor de toda esta cena. Cada espinho, cada prego, cada farpa deste madeiro é conhecido por Aquele que dá a Sua vida voluntariamente.
    Nesta manhã de uma sexta-feira negra, a morte começa a ser mortalmente ferida para que encontre a sua morte na morte de Cristo, meu Mestre.
     São 12:00h aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, os céus escureceram. Pavor e medo vieram sobre todos naquele pequeno monte que lembra uma Caveira. O que seguiu foram mais escárnio, desafios e incredulidade. Os homens ao redor do meu Mestre aproveitavam seus momentos finais de triunfo, mesmo que assombrados pela repentina escuridão. Interrompendo essa atmosfera opositora, um dos condenados pede a Ele, um condenado também, por misericórdia. Destoa também o pedido dele para que o Pai não considere os pecados dos Seus executores.
    São 15:00h aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, uma palavra apenas em grego, duas em nossa língua, antecipam a morte do meu querido Mestre: "TETELESTAI", "Está consumado!". Ele havia pagado a dívida de injustiça e pecado dos Seus para com o Deus justo. As trevas se dissipam em meio a um terremoto que espalha ainda mais pavor.
    O Cordeiro de Deus que havia sido 'separado' na Entrada Triunfal, agora foi sacrificado no Monte da Caveira. Já temos o sangue da Nova Aliança. Já temos uma melhor Páscoa.
    Corajosamente, um bondoso homem e algumas mulheres compensam o abandono dos discípulos mais próximos. Meu Senhor é retirado da Cruz. Meu Senhor é colocado em uma sepultura. Vimos a 'morte da morte na morte de Cristo'; mas, por enquanto, a própria Vida está no lugar comumente dado aos mortos. São 18:00h aqui. Uns 1980 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui.
    Mas, ao terceiro dia, 1908 e tantos anos atrás, 11 mil quilômetros daqui, lá vem chegando a alvorada, o Sábado já passou e com ele a Páscoa. É somente mais um primeiro dia da semana, aparentemente. Mas, aparências enganam. 
    O Espírito vivificou e restaurou o quebrantado corpo de Jesus. O caminho se volta foi retornado. A “certeza” da humanidade foi duvidada. O terror dos que vivem foi transformada em uma ameaça vazia. A morte foi vencida na ressurreição de Cristo. Não uma promessa vazia, não uma promessa futura: uma promessa real e presente.
    “Por que procuram entre os mortos Aquele que vive?”, perguntariam os anjos. Realmente, cabe vários “porquês”? Por que esquecemos da ressurreição? Por que vivemos como se não fosse uma realidade? Por que nos parecemos com Tomé em nossa incredulidade depois de tantas provas? Assim é a nossa natureza: incrédula e recalcitrante. Mas, tal como Ele estendeu as mãos ao fracassado Pedro, na certeza da Sua ressurreição Ele estende as mãos para nós como que dizendo, “Está vendo? Foi simples e foi como eu prometi. Descanse, filho. Tal como foi há tanto tempo antes de você nascer, será no instante em que você morrer. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá! Eu prometo!”.

Dia 30 de abril de 2017

“Caminhando no Salmo 119 - 02”
    Bêt (cada verso nesta sessão, começa em Hebraico com esta letra)
9 Como pode o jovem manter pura a sua conduta? Vivendo de acordo com a tua palavra.
10 Eu te busco de todo o coração; não permitas que eu me desvie dos teus mandamentos.
11 Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti.
12 Bendito sejas, Senhor! Ensina-me os teus decretos.
13 Com os lábios repito todas as leis que promulgaste.
14 Regozijo-me em seguir os teus testemunhos como o que se regozija com grandes riquezas.
15 Meditarei nos teus preceitos e darei atenção às tuas veredas.
16 Tenho prazer nos teus decretos; não me esqueço da tua palavra.

    É comum pressupormos que jovens passam por lutas maiores do que os mais maduros. A inexperiência, o entusiasmo e a vivacidade podem ser armadilhas traiçoeiras diante das encruzilhadas da vida. Entre as lutas de todos os jovens, lidar com tentações que buscam roubar sua pureza de ações e pensamentos é uma das mais constantes. Já conversei com jovens que questionaram até mesmo sua salvação diante da dificuldade de vencer suas lutas internas. A obra do Espírito na vida deles lhes tem causado a frustração de se verem atraídos exatamente por aquilo que condenam e detestam.
Mesmo que isso seja, de fato, verdade sobre qualquer ser humano, especialmente, qualquer cristão, os jovens precisam de um cuidado especial neste conflito interior/exterior que eles vivem.
    O segundo trecho do Salmo 119 começa exatamente oferecendo conselho sobre isso (v.9). E a vida cheia da Palavra de Deus e da obediência a ela é o caminho para esta pureza. Não apenas conhecimento, não apenas frases de efeito tiradas (ou não) das Escrituras, muito menos sensações e emoções. O caminho é pavimentado com decisões de obedecer. É ler a Bíblia contra mim. É vê-la como um espelho que revela a maldade do meu coração e aponta para a perfeição em Cristo. Acredite, tudo isto está dentro da expressão “vivendo de acordo com a Tua Palavra” que encontramos na resposta do salmista.
    Mas, o salmista não é ingênuo em achar que saber desta resposta possa produzir automaticamente o viver esta resposta. Ele é honesto em clamar por socorro para não se desviar, mesmo que esteja intensamente buscando o Senhor (v.10). Precisamos reconhecer que quedas acontecerão e que não é o “fim do mundo”; levantar-se delas através da Graça de Deus é a única opção para àquele que O busca em sinceridade. Inclusive, a atitude dele lembra muito a atitude de Paulo em que ele confessa que deseja  que não seja reprovado, mesmo pregando a outros (1 Co 9.24-27). Ele não se refere à salvação, mas às quedas que vêm com a desobediência aos princípios e padrões de Deus.
    A sinceridade está provada no zelo com a Palavra (v.11). Este verso é usado muito como um incentivo a que se decore versículos bíblicos. Não creio ser uma “forçação do texto”. Decorar textos bíblicos tem enorme serventia em nosso crescimento espiritual e nas lutas. Porém, também creio que o texto está falando novamente sobre obediência. Aquilo que está “no coração” tende a reger a minha vida. Nas Escrituras, especialmente no Antigo Testamento, de “todo coração” significava “algo legítimo, sem mera aparência apenas, que refletia um interior íntegro e completo”. A Palavra guardada, portanto, no coração remete a uma vida que se angustia de necessidade para que ela viva integralmente as verdades bíblicas.
    Oh, como precisamos ser assim! Como precisamos ansiar e nos angustiar por Deus e pelos Seus pensamentos como se fossem o oxigênio e a comida que nos sustentam e os sonhos e alvos que tanto buscamos.
    E, então, diante de tal cenário, adoramos enquanto clamamos a Deus para que Ele mesmo seja o nosso tutor nessa caminhada em seus mandamentos (v.12). Até porque, mesmo que nos “afundemos” nos estudos das Escrituras, mesmo que nos tornemos experts no seu conteúdo, apenas o poder do Espírito pode romper nossas limitações e nos iluminar para que realmente aprendamos suas verdades. E quanto mais, as vivermos.
    No verso 13, o salmista escreve sobre falar os mandamentos de Deus. Será que a Palavra de Deus está em nossas conversas? Ou isso é “coisa de igreja”, “coisa de domingo”? Não apenas uma repetição monótona e religiosa, mas os princípios dela estarem presentes em nossa rotina. Muitos hoje estão gostando de teologia. Mas, isso é algo apenas de orgulho? Isso é apenas algo para vaidade própria? Isso é apenas algo para os momentos de debate? Ou o estudo sobre Deus, isto é, a teologia, é algo que traz regozijo aos nossos lábios? Quando assim for, isso afetará, por exemplo, nossa escala de valores: obediência é mais importante do que ser rico (v.14)! Que comparação relevante, especialmente em um mundo onde tudo praticamente gira em torno de TER e não de SER. Em outras palavras, POSSES em lugar de OBEDIÊNCIA! Alguns dos maiores ídolos dos homens sendo trocado pelo prazer de viver dando alegria e regozijo a Deus. 
    Oh, Senhor, ajuda-nos! Como nosso coração Lhe troca por coisas frívolas e passageiras!
    Mas, à medida que conseguimos pela Graça fazer aquilo que é eterno suplantar o que é passageiros, que enorme bênção experimentamos. Disso tudo vem apenas a grande alegria de ver a Palavra permeando nossas decisões, nossas vidas, nossas famílias, enfim, tudo! E o meditar diário nela vai aumentando nosso prazer por ela em nossa vida diária (v.15-16). Começamos a ver a realidade com outros olhos. Começamos a ver o mal, o bem, as alegrias, as tristezas... tudo, com o filtro límpido das Escrituras. Algo que traz profundo prazer e que nunca, nunca, desejaremos esquecer. Esta é a vida feliz e bem-aventurada!

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