Dia 30 de dezembro de 2018
“NÃO FAÇA VOTOS APENAS. FAÇA RESOLUÇÕES.”
(Pr. Joversi Ferreira)
Estamos naquela época do ano novamente. E nossa cultura nos acostumou a ver como normal tomar decisões e a fazer votos para o novo ano. Mas, se pensarmos bem, se trata apenas de uma mudança de calendário. Algo que acontecia normalmente no Antigo e no Novo Testamento. Mas, nunca vimos nenhum “auê” por causa disso. Nenhuma festa, nenhuma referência especial, nada de votos. Não me entenda mal. Nenhum problema com a parte de nos reunirmos com pessoas queridas. Acho até que deveríamos fazer com mais frequência e sem nem precisa de uma “virada” para isso. O meu foco aqui é nos votos.
E como vemos votos ou resoluções na Palavra. Eles estão principalmente ligados a arrependimento e/ou o começo de uma nova fase, não do ano, mas na vivência do povo de Deus.
Por exemplo, nos últimos dias de Josué, ele convoca o povo a escolher entre o Senhor Deus ou os deuses dos seus antepassados na Mesopotâmia (de onde viera Abraão) e do Egito (de onde eles haviam saído). A resposta do povo foi, “Então o povo respondeu: ‘Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses!’” (Js 24.16).
Esta resolução estava diretamente ligada a esta nova fase do povo de Deus já na terra de Canaã que havia sido prometida a Abraão, Isaque e Jacó. Ali, as infantilidades espirituais que os tinham acompanhado por tanto tempo deviam terminar. Estavam vivendo o cumprimento de promessas e profecias de séculos e precisavam viver à altura daquele momento e, claro, à altura do seu Deus.
No livro de Esdras, encontramos outro exemplo.
“Enquanto Esdras estava orando e confessando, chorando prostrado diante do templo de Deus, uma grande multidão de israelitas, homens, mulheres e crianças, reuniram-se em volta dele. Eles também choravam amargamente. Então Secanias, filho de Jeiel, um dos descendentes de Elão, disse a Esdras: "Fomos infiéis ao nosso Deus quando nos casamos com mulheres estrangeiras procedentes dos povos vizinhos. Mas, apesar disso, ainda há esperança para Israel. Façamos agora um acordo diante do nosso Deus, e mandemos de volta todas essas mulheres e seus filhos, segundo o conselho do meu senhor e daqueles que tremem diante dos mandamentos de nosso Deus. Que isso seja feito em conformidade com a Lei.” (Ed 10.1-3).
O povo se arrepende, faz um voto (bíblico), uma resolução, e executa uma ação prática que comprova que realmente falavam sério. Não foi apenas mais um “voto” cultural de ano novo.
Então, saia dos votos culturais. Saia dos projetos humanos e vazios, geralmente, não cumpridos. Olhe para o ano que se encerra. Examine áreas específicas diante da Palavra de Deus e se avalie. Eis uma lista que pode nos ajudar.
Papéis:
Como pai, esposo ou filho?
Como mãe, esposa ou filha?
Como profissional?
Como cidadão?
Como membro da sua igreja?
Cuidado, disciplina e vida espirituais:
Como tenho investido no meu conhecimento da Sã Doutrina e das Escrituras?
Como tem sido minha vida de oração?
Como tenho sido como proclamador do Evangelho?
Como tenho servido ao meu próximo?
Muito mais poderíamos colocar, mas creio que isso dá uma boas horas de oração, meditação e reflexão. Mas, seria isso por causa do ano novo? Não, não seria. Seria uma forma de clamarmos a Deus. De dizermos, “Senhor, estou tão grato por todas as pessoas e por todos os recursos piedosos que tens colocado em meu caminho”. E uma forma de reconhecermos, “Mas, Senhor, percebo que não tenho vivido tudo o que posso e que o Senhor merece. E quero um novo tempo em minha vida”.
E, mesmo coincidindo com uma virada de ano, estas resoluções podem marcar sua vida e a de muitos, de uma maneira muito superior a meros votos de dieta, exercícios ou outros projetos.
E, quem sabe, você pode, pela Graça de Deus, chegar ao final deste próximo ano com uma coleção de vitórias em cima dessas resoluções. Percebendo, assim, como Deus tem sempre planos de vida e não de morte para nós. Apenas precisamos compreender que esses planos passam sempre pela nossa conformidade à vontade dEle. Essa é a maior das resoluções.