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Dia 03 de maio de 2015

A Inutilidade dos ídolos

 

    1 Coríntios 10. 19 “Portanto, que estou querendo dizer? Será que o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa? Ou o ídolo é alguma coisa?”

    Existem vários tipos diferentes de idolatria. A idolatria clara de ser percebida com uma enorme ou pequena imagem na frente do adorador (mesmo que ele insista que é apenas um “venerador”). E aquela mais subjetiva onde as coisas mais normais e ordinárias da vida são transformadas em ídolos.

    Um dos fatos sobre um ídolo é que ele não possui valor algum. Em si mesmo, nada vale, nada contribui. E, não tendo valor algum, em nada ele aumenta o valor daquele que o adora. Mesmo que pareça assim, se trata de algo falso e fabricado. Um valor de vaidade. Adoramos um bem porque ele parece nos transferir maior destaque ou importância. Adorarmos uma pessoa porque ela parece aumentar nossa sensação de alegria e satisfação. Mas, na verdade, nada disso é real e, na verdade, estamos adorando a nós mesmos. É apenas uma impressão conferida pelo imaginário da sociedade, ao qual aderimos por nossa própria vaidade.

    Os ídolos religiosos também são assim. Mesmo que por um lado haja uma dependência religiosa, por outro existe aquele senso de auto-satisfação, de auto-justiça. De se pensar, “poxa, como sou uma pessoa espiritualmente evoluída”. Quando, de fato, nenhum valor ou superioridade espiritual adveio daquele ídolo religioso. Muito pelo contrário, há um embrutecimento e um endurecimento quanto às coisas espirituais porque deixamos de adorar ao Criador.

    Paulo também pergunta “o sacrifício oferecido a um ídolo é alguma coisa?”. A resposta à esta pergunta retórica é, obviamente, não. Algo dado a outro algo que não existe na prática fica destituído de qualquer valor. O sacrifício a Baal não podia aplacar a ira de um pedaço de pedra, nem conquistar o favor do coração de um deus... que coração não tinha. Quando nosso serviço que parece que é para Deus, mas, na verdade, é uma forma de idolatrarmos a nós mesmos e nos acharmos de alguma forma merecedores de alguma coisa, é realizado... jogamos fora nosso tempo e esforço.

    Mas, e quanto à Deus? A adoração é valorizada por causa dAquele que é adorado. Mesmo o menor sentimento ou gesto, o mais insignificante serviço ou atitude interior, é elevado em seu valor por causa do Senhor que é adorado. O valor não está no “sacrifício” ou na oferta; nem tão pouco no ofertante. Deus é o foco e o valor da nossa adoração.

    E quando nos vemos no que somos, i.e, miseráveis pecadores e vemos a Deus em Sua majestade e graciosa glória, podemos na adoração ser abençoados. Porque aquele senso de realização e aquele prazer que o bem idolatrado, que a pessoa idolatrada, foram incapazes de nos dar, nós podemos encontra-los em Deus.

    Como disse Agostinho, “Fizeste-nos para Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti." . Seu coração está inquieto? Certamente, outras coisas que não seja Aquele que é digno estão ocupando seu coração. Falta-lhe dizer “Ao Rei eterno, o Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre.” (1 Tm 1.17), e repousar nEle.

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